The New York Times registra aumento recorde de assinaturas digitais, mas tem publicidade em queda

The New York Times registra aumento recorde de assinaturas digitais, mas tem publicidade em queda

The New York Times registra aumento recorde de assinaturas digitais, mas tem publicidade em queda

Jornal ANJ Online

06 Maio 2020

O norte-americano The New York Times registrou um aumento recorde no número de assinantes digitais nos primeiros três meses, o melhor trimestre desde que o jornal começou a cobrar dos leitores por conteúdo digital em 2011. O crescimento, segundo o diário, foi impulsionado pelo interesse generalizado em notícias da pandemia de COVID-19, que “devastou a economia dos Estados Unidos e cortou profundamente a receita de publicidade”, que seguirá caindo nos próximos meses.

A The New York Times Company informou nesta quarta-feira (6), em seu relatório trimestral, que obteve 587 mil assinantes digitais entre janeiro e março, chegando a 5 milhões. Somados aos assinantes da versão impressa, o veículo totaliza 5,8 milhões de assinantes.

O lucro líquido do trimestre registrou um aumento de 9%, com US$ 32,8 milhões, e a receita total cresceu 1%, a US$ 444 milhões, uma vez que o aumento na assinatura digital e em outras receitas foi compensado pela queda na publicidade e pelos custos crescentes.

O presidente e CEO da New York Times Company, Mark Thompson, disse que a receita com publicidade continuará caindo em até 55% no segundo trimestre. “Vimos a publicidade cair rapidamente no final do trimestre e acreditamos que a publicidade no segundo trimestre cairá entre 50% e 55% em relação a um ano atrás, com visibilidade limitada além disso”, disse Thompson em comunicado. “No entanto, acreditamos que a empresa emergirá dessa crise global com um fluxo de receita de publicidade distinto e valioso para complementar um negócio de assinatura de notícias digitais, que agora é de longe a maior e mais bem-sucedida do mundo”.

O The New York Times informou também que o número de profissionais em sua redação está aumentando durante a crise, ainda que cerca de 36 mil empregos tenham sido perdidos na indústria de notícias dos Estados Unidos. Thompson observou que o jornal permaneceu à tona, devido à sua mudança para a dependência da receita de assinantes, e não de publicidade.

“O modelo de negócios do Times, com seu foco crescente em assinaturas digitais e a diminuição da dependência de publicidade, está muito bem posicionado para enfrentar essa tempestade e avançar em um mundo pós-pandemia”, resumiu.

 

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