Rádios comunitárias como moeda de troca: tradição na política brasileira

Rádios comunitárias como moeda de troca: tradição na política brasileira

Rádios comunitárias como moeda de troca: tradição na política brasileira

Redação Portal IMPRENSA | 27/07/2020 18:22

Reportagem do Estadão publicada neste domingo (26) revela que, entre março e abril, o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso 440 autorizações para o funcionamento de rádios comunitárias em todo o país.

O número é o maior da década, superando as 302 outorgas concedidas pelo governo Dilma Rousseff em 2013. Em 2009 o então presidente Lula concedeu 630 liberações.

Hoje há 4,6 mil rádios comunitárias operando legalmente no Brasil.

Crédito: Reprodução


Antes consideradas piratas, as rádios comunitárias foram reconhecidas por lei há 22 anos. Elas devem ter até 25 Watts de potência, alcance máximo de 4 quilômetros e não podem veicular peças publicitárias tradicionais de produtos e serviços, apenas anúncios institucionais. Na prática, porém, não é isso que ocorre

Ao Estadão, representantes do setor disseram que a liberação recorde de outorgas em ano eleitoral é um sinal de que as rádios comunitárias estão sendo usadas como moeda de troca em busca de apoio no Congresso, mantendo uma tradição que remonta a outros governos.

Muitas das rádios que obtiveram licença de funcionamento este ano exercem atividades políticas e têm entre seus representantes pessoas que são ou foram filiadas a partidos do Centrão, como Republicanos, Progressistas, PSD e PL.

Nas eleições presidenciais de 2018, os responsáveis pela campanha do então candidato Bolsonaro consideravam as rádios comunitárias um reduto de petistas.

 

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