Brasileiros veem WhatsApp como principal fonte de notícias falsas

Brasileiros veem WhatsApp como principal fonte de notícias falsas

Brasileiros veem WhatsApp como principal fonte de notícias falsas

Foram entrevistadas mais de 80 mil pessoas em 40 países. Brasil é o local em que pessoas mais têm dificuldade de diferenciar notícias falsas de verdadeiras

Por: Agência Brasil

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<http://cms.gaz.com.br/wp-content/uploads/2020/06/celular-redes-sociais-smartphone-facebook-whatsapp-twitter-instagram-Tracy-Le-Blanc-no-Pexels.jpg> Foto: Tracy Le Blanc / Pexels

O Facebook e o WhatsApp são as principais plataformas de difusão de conteúdos falsos no mundo, segundo o Relatório de Notícias Digitais 2020 do Instituto Reuters, considerado o mais importante estudo mundial sobre jornalismo e novas tecnologias. Entre os ouvidos, 29% manifestaram preocupação com a difusão de desinformação nas redes sociais por Facebook, 6% no Youtube e 5% no Twitter. Nos apps de mensagem, o WhatsApp foi o mais citado.

No Brasil, o WhatsApp foi mencionado como principal local por onde mensagens falsas são disparadas (35%), enquanto o Facebook é o segundo canal mais citado (24%). O Facebook foi a rede social mais apontada nas Filipinas (47%), Estados Unidos (35%) e Quênia (29%), entre outros países. O Youtube é objeto de maior preocupação na Coreia do Sul, enquanto o Twitter ocupou essa posição no Japão.

LEIA MAIS: Facebook exclui mais de 50 milhões de postagens falsas <http://www.gaz.com.br/conteudos/geral/2020/05/12/165553-facebook_exclui_mais_de_50_milhoes_de_postagens_falsas.html.php>

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Mais da metade (56%) dos participantes do levantamento se mostrou preocupada a respeito de como identificar o que é real e o que é falso no consumo de informações. O Brasil foi o país onde esse receio foi mais presente (84%), seguido do Quênia (76%) e da África do Sul (72%).

Entre as fontes de desinformação, a mais indicada foram os políticos (40%), especialmente nos Estados Unidos, Brasil e FIlipinas. Em seguida vêm ativistas (14%), jornalistas (13%), cidadãos (13%) e governos estrangeiros (10%).

LEIA MAIS: Disseminação de fake news sobre coronavírus preocupa especialistas <http://www.gaz.com.br/conteudos/geral/2020/02/29/162419-disseminacao_de_fake_news_sobre_coronavirus_preocupa_especialistas.html.php>

Confiança

Entre os ouvidos, 38% disseram confiar nas notícias, índice quatro pontos percentuais menor do que no ano passado. Essa atitude varia entre países, sendo mais comum na Finlândia e Portugal e menos recorrente em Taiwan, na França e na Coreia do Sul. O Brasil teve desempenho acima da média (51%).

Quando perguntados sobre os conteúdos jornalísticos que consomem, o índice subiu para 46%, ainda abaixo da metade e três pontos percentuais menor do que no ano anterior. Essa avaliação sobre a confiabilidade é menor em mecanismos de busca (32%) e em redes sociais (22%).

Mas 60% relataram preferir notícias mais objetivas (sem uma visão política clara) e 28% preferiram conteúdos com visões políticas claras e que reforçam suas crenças. O Brasil foi o com maior percentual de pessoas que desejam ver notícias de acordo com suas concepções (43%).

LEIA MAIS: Confira cinco dicas para identificar notícias falsas <http://www.gaz.com.br/conteudos/regional/2020/04/09/164247-confira_cinco_dicas_para_identificar_noticias_falsas.html.php>

Fonte de informação

Os serviços online foram apontados como principal fonte de informação em diversos países, como Argentina (90%), Coreia do Sul (85%), Espanha (83%), Reino Unido (79%), Estados Unidos (73%), Alemanha (69%). Em seguida vêm a TV e o rádio. A mídia impressa perdeu espaço, servindo como meio para se informar em índices que variam de 30% a 16% a depender do país.

O estudo confirmou uma variação desse comportamento conforme a idade. Jovens preferem canais jornalísticos online, enquanto a TV e a mídia impressa são a principal alternativas para a faixa acima dos 55 anos de idade.

Os brasileiros foram os que mais recorrem ao Instagram para se informar (30%), e também estão entre os que mais utilizam o Twitter para esta finalidade (17%). Mas o Facebook e o Whatsapp ainda são as plataformas dominantes, servindo de fonte de informações para, respectivamente, 54% e 48% dos entrevistados.

LEIA MAIS: Revista científica da Unisc recebe artigos sobre fake news em época de pandemia <http://www.gaz.com.br/conteudos/geral/2020/05/06/165308-revista_cientifica_da_unisc_recebe_artigos_sobre_fake_news_em_epoca_de_pandemia.html.php>

Pandemia

Embora realizado em sua maioria antes da pandemia, o estudo avaliou o consumo de notícias durante esse período. Entre os ouvidos em seis países, 60% consideraram que a mídia ajudou a entender a crise e 65% concordaram que os noticiários explicaram o que os cidadãos poderiam fazer. Dos entrevistados nestas nações, 32% avaliaram que a mídia exagerou no impacto da pandemia.

Para o pesquisador do Instituto Nic Newman, a crise provocada pela pandemia do coronavírus reforçou a importância de um Jornalismo confiável e correto que possa informar a população. Ao mesmo tempo, ele lembra como a sociedade está suscetível a teorias da conspiração e à desinformação. “Os jornalistas não controlam o acesso à informação, enquanto o uso de redes sociais e plataformas dá às pessoas acesso a um rol grande de fontes e fatos alternativos, parte dos quais é enganosa ou falsa”, disse.

LEIA MAIS: Projeto Comprova inicia terceira fase com 28 veículos de comunicação <http://www.gaz.com.br/conteudos/geral/2020/06/10/166704-projeto_comprova_inicia_terceira_fase_com_28_veiculos_de_comunicacao.html.php>

O estudo

A equipe responsável pelo relatório entrevistou mais de 80 mil pessoas em 40 países de todos os continentes. A maior parte das entrevistas foi coletada antes da pandemia, mas em alguns países, as respostas foram obtidas em abril, já trazendo algum impacto desse novo cenário.

Facebook

Em nota, o Facebook afirmou que está comprometido com o combate à desinformação. “Em abril colocamos marcações de notícias falsas em cerca de 50 milhões de postagens em todo o mundo, removemos milhares de conteúdos que poderiam levar a danos no mundo real e direcionamos mais de 2 bilhões de pessoas a recursos de autoridades de saúde por meio da Central de Informações sobre a Covid-19. Também estamos ajudando jornalistas e organizações de notícias a se adaptarem às mudanças no mundo digital, assim como comprometemos mais de US$ 400 milhões em todo o mundo para apoiar esse trabalho”, acrescentou a empresa.

Eládio Dios Vieira da Cunha | Presidente eladio@grupovieiradacunha.com.br Grupo Vieira da Cunha | www.grupovieiradacunha.com.br Rua 7 de Setembro, 1015 CEP 96508-011 | Cachoeira do Sul | RS

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