ADI-RS é cautelosa nas comemorações, mas crê em um 2020 melhor

ADI-RS é cautelosa nas comemorações, mas crê em um 2020 melhor

ADI-RS é cautelosa nas comemorações, mas crê em um 2020 melhor

Segundo Eládio Dios Vieira da Cunha, presidente da entidade, este ano foi marcado por preocupações e ameaças

Eládio Dios Vieira da Cunha, presidente da ADI-RS – Divulgação

Um ano ruim, recheado de preocupações e ameaças. Este é o primeiro balanço que faz Eládio Dios Vieira da Cunha, presidente da Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI-RS), sobre 2019. Segundo ele, o Brasil enfrenta uma crise econômica sem precedentes, atravessando um processo de transformação e adaptação do jornal impresso. Além disso, observa que foi difícil “superar as vinganças do presidente da República contra a grande imprensa, tentando ferir gravemente a receita dos jornais de todo o País, com a edição das suas fracassadas MP 892 e 896”.

Apesar do contexto atual, ele, que também é diretor do Jornal do Povo, rádio GVC.FM, Gráfica Jacuí e revista Planeta Arroz, de Cachoeira do Sul, crê em um 2020 melhor. Na sua visão, o ano que se aproxima ainda não será de glórias, mas proporcionará condições de retomada nos negócios. Também pondera que, se a economia conseguir aliar um crescimento do PIB e a estabilidade do dólar, ao juro e inflação baixos, certamente a política econômica vai triunfar. “E torceremos para que o presidente não retome suas MPs contra 2.500 jornais brasileiros”, reforçou ele, em entrevista ao Coletiva.net.

Segundo analisou o dirigente, a economia brasileira já está trilhando seu caminho de volta ao topo. Para que isso se confirme, ele entende que é fundamental que se estabeleça no País uma normalidade nos negócios. Na sua visão, a desvalorização do real é outro fator grave, pois impacta os preços do papel, alumínio e tintas – ou seja, os principais insumos de quem atua com jornais impressos. Entre os desafios da ADI-RS, Eládio citou que a entidade quer ingressar na próxima década consolidando a nova postura mercadológica, mantendo sua relevância com a qualidade da informação que sempre ofereceu, pois “a credibilidade do papel continua sendo o motor das empresas jornalísticas”.

E sobre o produto, afirmou que, diferentemente dos grandes veículos das capitais, os diários do Interior, de pequeno e médio porte, comemoram em 2019 a pequena queda de suas tiragens impressas, em níveis não superiores a 15% – conforme ele, nos grandes, chegou a 50%. “Isso é uma demonstração clara de que estamos tratando de diferentes produtos editoriais. Os jornais regionais continuam relevantes nas suas comunidades devido ao hiperlocalismo de seu conteúdo, na maioria das vezes exclusivo e inédito para seus leitores”, pontuou.

 

 

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